quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Comic/Literatura #1 - Uma história tem mais do que duas versões

Quem leu o livro Entrevista Com o Vampiro, de Anne Rice, tem uma concepção bastante cruel do vampiro Lestat e seus feitios. Os fatos da trama, como a transformação da criança de cinco anos na vampira Claudia tem são contados de maneira melodramática e repetitiva de seu narrador. Não é uma crítica a autora, muito pelo contrário: esses são os traços de Louis, o vampiro humano, que exatamente por isso, foi o primeiro a nos cativar e encorajar nossa viagem adentro das Crônicas Vampirescas.
"Mas afinal, ele é tão bom nisso! Ele usa a desgraça como os outros usam o veludo. O sofrimento o enfeita como a luz das velas. As lágrimas o adornam como jóias." - Lestat, sobre Louis.
No segundo livro, O Vampiro Lestat, temos os primeiros indícios que o Demônio queria ser Anjo. Aquele caçador, afinal, só matava malfeitores e amava profundamente suas criações, e mesmo que não parecesse, pelas palavras de Louis, tinha a melhor das intenções ao criar a filha vampira. Ou pelo menos, era assim que queria que acreditássemos. Cada um defendeu seu discurso muito bem. Eu ainda desconfio das retratações do Louis nas Crônicas de Lestat, e isso é o mais interessante. A Anne não apenas escreve com a voz de um personagem. Era encarna um pseudônimo, leva a personalidade deles em cada linha.

Mas não vim falar dos livros! Vim falar dessa belezinha aqui:



Como já anunciado anteriormente, a graphic novel Claudia's Story vai ser lançada no dia 20 de novembro pela Yen Press. A adaptação e a arte são feitas pela Ashley Marie Witter, e você pode ver as ilustrações dela aqui. A vampira Claudia vai pela primeira vez dar sua versão sobre quando foi criada e seu retrato dos anos que viveu com seus dois pais, Louis e Lestat. Nada mais justo.
Eu nunca gostei muito da ideia das Crônicas Vampirescas serem adaptadas em carne e osso, apesar do primeiro filme, dirigido pelo Neil Jordan, ser maravilhoso. Os vampiros da Anne são simplesmente belos demais para serem retratados por reles humanos.
Na minha opinião, as ilustrações continuam sendo a melhor opção, e nada como contar a mesma história de uma maneira alternativa.

A Anne colocou uma preview da graphic no Facebook dela. Aí vão algumas páginas:




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